Em cerimônia realizada no dia 15 de março de 2021, na qual a Pró-reitoria de Extensão da Universidade de Taubaté passou a funcionar no prédio histórico localizado no centro da cidade de Taubaté, o Solar da Viscondessa do Tremembé, também foi anunciada a composição de uma comissão para trabalhar no projeto de criação do Museu do Café de Taubaté.

Presidida pela Profa. Dra. Letícia Maria Pinto da Costa, Pró-reitora de Extensão, a comissão é composta por sete professores da instituição e coordenada pela Profa. Dra. Rachel Duarte Abdala, docente e coordenadora adjunta do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Humano.

No século XIX, o café foi o principal produto agrícola do país, responsável pelo enriquecimento do Brasil no período imperial. Chegou a ser reverenciado como “ouro verde”. Além da projeção econômica da cultura do café, Taubaté, com localização estratégica entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sediou, em 26 de fevereiro de 1906, a assinatura de um acordo que foi nomeado Convênio de Taubaté e que definiu os rumos econômico e político do Brasil nas décadas seguintes, instaurando as diretrizes da primeira república. O Convênio do Café teve grande projeção em âmbito nacional e internacional. Parou o Brasil, e a imprensa mundial só falava nele.

A proposta é, a partir da criação deste Museu promover a articulação entre ensino, pesquisa e extensão universitária, além da interdisciplinaridade entre diversas áreas, entre elas destacam-se a História, a Arquitetura e a Economia. O projeto envolve a composição de uma rede colaborativa entre as cidades da região que tiveram suas histórias e suas memórias entrelaçadas, ao compartilharem o período histórico da ascensão e ápice do café no Brasil, no fortalecimento e estabelecimento de parcerias com aa Prefeitura de Taubaté e de outras cidades da região do Vale do Paraíba, órgãos de preservação do patrimônio histórico no Brasil, nesse caso, em especial o Instituto do Patrimônio Artístico Nacional-IPHAN, e entidades de inciativa privada.